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Sonolência diurna excessiva? Conheça sobre Narcolepsia

Sonolência diurna excessiva? Conheça sobre Narcolepsia

Depois de uma noite mal dormida é normal que o dia seguinte seja mais arrastado, com aquela sensação forte de sonolência. Mas, o que acontece quando a pessoa dorme bem, e mesmo assim sente-se cansada dia após dia? 

Nesse caso é preciso acender um alerta, especialmente se a sonolência diurna for excessiva, pois pode ser um indício de Narcolepsia. Para saber mais, invista alguns minutos na leitura deste artigo.


O que é Narcolepsia?

A narcolepsia é um distúrbio neurológico crônico que afeta o controle do sono e da vigília. É caracterizado por paralisia do sono, alucinações, sonolência diurna excessiva e, em muitas situações, episódios de cataplexia (perda parcial ou total do controle muscular).

De uma forma bem resumida, em um ciclo de sono típico, primeiro a pessoa entra em um estágio inicial do sono e após noventa minutos alcança o sono REM (fase mais profunda em que ocorrem os sonhos). No entanto, pessoas com narcolepsia entram no sono REM mais rapidamente – geralmente 15 minutos após adormecer.

Importante destacar que narcolepsia é uma condição crônica, ou seja, não tem nada a ver com a qualidade do sono ou com a quantidade de horas dormidas. 


O que causa a Narcolepsia?

A causa exata desse distúrbio ainda é desconhecida. Muitos especialistas acreditam que ela possa ser uma doença autoimune hereditária, a qual leva a uma deficiência de hipocretina, substância química necessária para o cérebro permanecer estável durante o sono e despertar. 

É também a hipocretina que nos ajuda a ficar acordados. Quando este neurotransmissor está em falta, o cérebro permite que os fenômenos do sono REM interfiram nos períodos normais de vigília. 
Apesar de a deficiência do hormônio ser uma das causas do distúrbio, existem pacientes que sofrem da doença, mas que apresentam normalidade nos níveis de hipocretina. É o que faz a diferenciação entre os tipos de narcolepsia.


Quais são os tipos existentes?

Podemos ter dois tipos: 1 e 2. O tipo 1 é quando ocorre a deficiência de hipocretina e há também a presença da cataplexia (mais adiante explicamos melhor o que isso significa).

Já na narcolepsia de tipo 2 a causa é totalmente desconhecida, porque a pessoa apresenta níveis normais de hipocretina e não sofre de cataplexia. Além das duas classificações, em alguns pacientes a narcolepsia se desenvolve após uma lesão cerebral que afeta o hipotálamo lateral. 


Quais os sintomas da Narcolepsia?

A doença tem dois picos de incidência: entre os 15 anos e após os 35. Dentre os sintomas, destacamos:

  • Sono diurno excessivo (SDE): o primeiro e mais comum dos sintomas, a sonolência pode levar à tendência a cochilar em intervalos ao longo do dia, muitas vezes em horários inadequados. Baixa concentração e motivação, lapsos de memória, exaustão e problemas de humor podem ser resultados do SDE. Algo interessante de mencionar é que, se por um lado há uma sensação forte de sonolência, por outro, após um pequeno cochilo a pessoa já se sente revigorada até que passe por outro ataque de sono. 
  • Paralisia do sono: incapacidade de se mexer ou falar enquanto adormece ou acorda. Esses episódios podem durar de alguns segundos a minutos. Quando passam, o indivíduo consegue se movimentar normalmente.
  • Alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas: as primeiras acontecem logo quando a pessoa adormece, já as alucinações hipnopômpicas ocorrem ao acordar. Em ambos os casos, as alucinações são vívidas.
  • Cataplexia: fraqueza muscular repentina no rosto, pescoço e joelhos. Algumas pessoas têm apenas uma leve fraqueza, como cabeça ou queixo caído, mas outras desmoronam completamente no chão. Esses episódios geralmente são desencadeados por emoções fortes, como surpresa, riso ou raiva. A fraqueza é temporária, com duração de 2 minutos ou menos.

  • Sono fragmentado: situação em que o indivíduo desperta diversas vezes durante a noite.
Além desses, pessoas que sofrem de narcolepsia podem apresentar insônia, apneia do sono, enxaqueca e síndrome das pernas inquietas.


Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico começa em uma conversa entre médico e paciente, para verificação do histórico clínico e exclusão de outros distúrbios ou problemas. 

A confirmação da narcolepsia se dá por meio do resultado da polissonografia (exame de monitoração do sono durante a noite) e do teste de múltiplas latências do sono. Este último mostra a facilidade de iniciar o sono em cinco horários ao longo do dia (8h, 10h, 12h, 14h e 16 horas).
Como até o momento não existe cura para a narcolepsia, é possível tratar dos sintomas. Nesse caso, conforme o caso um médico especialista pode receitar medicamentos estimulantes e/ou antidepressivos, além de medidas comportamentais. 

O importante é ficar atento aos sintomas e sempre procurar um profissional qualificado em caso de dúvidas e/ou para confirmação do diagnóstico. Nós, da São Marcos Pneumologia e Medicina do Sono, contamos com um quadro médico especializado e um laboratório do sono com capacidade de oito leitos fixos.

Quer saber mais? Entre em contato conosco.

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