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Sono nas doenças pulmonares

Sono nas doenças pulmonares
No sono, mesmo em pessoas normais, ocorre uma diminuição da respiração (ventilação) em relação quando estamos acordados. Esta redução pode ser de O5 a 1096, podendo esta queda chegar até 16% durante o sono mais profundo G (sono REM). Na presença, porém, de doenças respiratória, essas alterações podem agravara oxigenação (diminuição). 

Apneia do sono na asma


O Brasil ocupa o 8. lugar no ranking mundial de asmáticos (taxa entre 10 a 20%). Os distúrbios respiratórios do sono, especialmente a apneia obstrutiva do sono (AOS), são comuns nos pacientes asmáticos. O agravamento noturno dos sintomas da asma (bronquite asmática) é um fenómeno conhecido. A presença de apneia do sono em asmáticos dificulta o controlada doença, principalmente nos sintomas de tosse e chiado no peito (falta de ar) noturnos. A interação de asma e apneia do sono (AOS) pode se dar por .rios fatores comuns, entre os quais a obesidade, a inflamação das vias aéreas e também presença de reflexo gástrico, pois este agrava os sintomas da asma (tosse, falta de ar, chio), devido microaspiração de ácido digestivo.


Obesidade

Obesidade é considerada o maior fator de risco causal para a apneia do sono e também é em fator de risco para asma, pois sua incidência é duas vezes maior em mulheres e em crianças com obesidade mórbida. A investigação de apnéia em pacientes com asma, deve ser realizada sempre que não houver controle adequado dos sintomas noturnos da asma. 


Sono no enfisema pulmonar (DPOC-Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônica)

A importância do diagnóstico da associação entre apneia do sono e enfisema pulmonar, justifica-se pelo fato de a concomitância desses dois distúrbios, aumentar em até 7 vezes o risco de morte. Os mecanismos pelos quais a apneia do sono e a DPOC contribuírem para um aumento da mortalidade, são múltiplos, mas principalmente pela queda de oxigenação noturna, o qual leva a urna inflamação sistêmica por aumento de citocinas, resultando em aumento da aterosclerose, o que pode causar infarto do miocárdio e derrame cerebral durante o sono.


Diagnostico

É feito através de um exame chamado de polissonografia, que pode ser realizado em um laboratório do sono ou no próprio domicilio do paciente. Na polissonografia é comum a fragmentação do sono com despertares frequentes e redução dos estágios de sono profundos (sono REM e sono de ondas lentas). Há com frequência, diminuição da oxigenação, principal-mente durante o sono REM, onde também os episódios de apneias são mais prolongados.


Tratamentos

Dependem das gravidades das doenças. Há evidências que o uso do aparelho CPAP (pressão positiva nas vias aéreas), no asmático com apneia, pode melhorar o controle da asma, em especial nos sintomas noturnos, com efeitos favorável na melhora da inflamação brônquica, na melhora sono, assim como na redução do peso corpóreo e do refluxo gastroesofágico.

O tratamento com pressão positiva em vias aéreas (CPAP ou BPAP) tem indicação precisa quando coexistem DPOC e apneia do sono, pois estudos demonstraram a redução significativa da mortalidade. O sono promove redução fisiológica na ventilação, no entanto, na presença de doenças pulmonares, isso pode ser dramático. Adicionalmente quando da coexistência da apneia do sono (AOS) nas doenças pulmonares crónicas, com a diminuição da oxigenação e aumento do gás carbónico (CO2) noturnos pode ser marcante, levando a insuficiência respiratória crônica (falta de ar), arritmias, AVC e óbito durante o sono.

É importante que os médicos este-jam atentos para os efeitos do sono e da apneia do sono nas trocas gasosas dos pacientes com pneumopatias crônicas, não perdendo a oportunidade de diagnosticar tais alterações e buscar o melhor tratamento, para reduzir complicações e mortalidade. 


DR. DILTON CARDOSO

CRM/SC 2607 I RQE 292 | Pneumologia


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