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Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT

Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT

As terapias comportamentais estão em constante modificação, vigorando hoje a chamada terceira geração de terapias comportamentais e cognitivo-comportamentais. Para entender a evolução destas terapias, faz se necessário uma breve explanação destas terapêuticas no decorrer das gerações. 


A primeira geração de terapias comportamentais teve destaque na década de 50. Para as terapias da primeira geração a ênfase dos problemas psicológicos e comportamentais está no ambiente, no contexto e seu foco é a modificação dos comportamentos considerados problema. Por volta dos anos 70, uma nova corrente se instaura, a denominada segunda geração, também chamada de revolução cognitiva, que postula que as cognições mal adaptativas é que geram o sofrimento emocional, sendo o foco terapêutico a modificação dos  pensamentos.  


Mais recentemente, na década de 90, emergiu um conjunto de terapias, as chamadas terapias da terceira geração, que diferentemente da segunda geração que visa o controle e a modificação de crenças/pensamentos,  têm como foco o processo de aceitação e mindfulness (atenção plena), isto é de observar e aceitar os pensamentos sem tentar controlá-los e julga-los. Nesta geração, acredita-se que as estratégias desenhadas para nos libertar dos pensamentos desconfortáveis geralmente acabam por aumentar a frequência e a intensidade dos mesmos pensamentos que desejamos evitar ou diminuir. Desta forma, ao invés de lutar para mudar pensamentos e sentimentos desconfortáveis, as novas abordagens focam em cultivar uma atitude de aceitação sem julgamentos em relação a todas as experiências humanas, a fim de aumentar o bem estar psicológico. Entre as terapias de terceira geração, destaca-se a Terapia de Aceitação e Compromisso (do inglês, Acceptance and Commitment Therapy – ACT). 


A ACT foi desenvolvida por Steven Hayes e colaboradores no final da década de 80, e visa a aproximação do individuo com suas experiências. Tem como proposta a modificação na forma de se relacionar com o sofrimento. Ao invés de controlar as sensações e sentimentos negativos, a ACT propõe estratégias de aceitação e observação, de modo que o cliente consiga se aproximar dos seus pensamentos, crenças e sentimentos. Quando o cliente consegue lidar com essas sensações sem fugir delas, ele consegue se comportar de forma coerente com o que ele acredita, isto é, de acordo com seus valores. O compromisso proposto pela ACT baseia-se em atitudes e modificações direcionadas para o que valorizamos, e não para fugir do que nos atormenta. Durante a terapia, varias estratégias são trabalhadas com o cliente a fim de construir um sentido para a própria existência, com objetivo último de estabelecer uma vida que vale a pena ser vivida. Apesar de ser uma terapia recente, a ACT já comprovou eficácia em diversos problemas, tais como estresse, ansiedade, depressão, dor crônica, abuso de substâncias, etc., sendo recomendada para diversos problemas psiquiátricos e psicológicos, bem como para pessoas que encontram dificuldades no manejo de questões emocionais.  


A ACT é realizada individualmente e em grupo, pela Dra Renatha El Rafihi-Ferreira, na Clínica de Pneumologia e Laboratório de Sono São Marcos, onde a profissional desempenha suas atividades clínicas, tais como: avaliação psicológica, terapia comportamental para insônia, orientação parental e psicoterapia para crianças e para adultos. Renatha é pesquisadora, doutora em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo, psicóloga clinica e autora de diversos artigos científicos e capítulos de livro nas áreas de: Sono e Comportamento; Avaliação e Tratamentos Comportamentais para Problemas de Sono; Psicoterapia e Psicopatologia. 

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